Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazon

facebook - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazonfacebook - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazonlinkedin - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazonlinkedin - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazonwhatsapp - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazonwhatsapp - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazonx - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazonx - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazona2a - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazona2a - Desmatamento na Amazônia aumenta 63% em agosto deste ano, segundo Imazon

Em agosto deste ano, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), divulgado pelo Imazon, detectou 886 km² de desmatamento em toda a Amazônia Legal. Esse número representa um aumento de 63% em relação a agosto de 2018, quando o desmatamento somou 545 km². No último mês, o estado com mais alertas de desmatamento foi o Pará (48%), seguido por Amazonas (15%), Rondônia (13%), Mato Grosso (12%), Acre (11%) e Roraima (1%).

A degradação na Amazônia também registrou um aumento expressivo. As áreas com degradação, representadas por queimadas e extração seletiva de madeira, somaram 922 km² em agosto de 2019. Um aumento de 675% em comparação com agosto do ano passado, quando o SAD totalizou 19 km². O estado com o maior número de áreas degradadas foi o Mato Grosso (45%), em seguida Pará (42%), Rondônia (8%), Amazonas (4%) e Acre (1%).

Caracteriza-se desmatamento como o processo de destruição total e permanente de uma área verde. Na maioria das vezes, essa floresta é convertida em áreas de pasto. Já a degradação é caracterizada pelo corte raso e seletivo das árvores, normalmente para fins de comercialização da madeira. Outros exemplos de degradação são os incêndios florestais, muitas vezes usados para abertura de clareiras.

Ranking do Desmatamento – Altamira e São Félix do Xingu, no Pará, aparecerem pelo segundo mês consecutivo no topo dos municípios que mais desmataram. Em agosto, o SAD detectou, em cada um dos municípios, 92 km² e 60 km² de florestas desmatadas, respectivamente. Ainda em agosto, a maioria (48%) do desmatamento na Amazônia ocorreu em áreas públicas não destinadas, em áreas privadas ou em diversos estágios de posse. O restante foi registrado em assentamentos (23%), Unidades de Conservação (20%) e terras indígenas (9%).

As Unidades de Conservação com mais alertas de desmatamento foram a APA Triunfo do Xingu (PA) e Florex Rio Preto-Jacundá (RO), com 38 km² e 32 km² de devastação, respectivamente. Das 10 terras indígenas com maior número de áreas desmatadas em agosto deste ano, 7 ficam no Pará. A TI Cachoeira Seca do Iriri, no noroeste do estado, aparece no topo da lista, com 19 km² desmatados.

Maranhão – A partir deste mês, o SAD irá reportar alertas de desmatamento e degradação no estado do Maranhão. O bioma amazônico representa 24% do território do estado, área onde são encontradas espécies ameaçadas, raras e endêmicas, o que comprova a importância biológica e a necessidade de também monitorar este território.

Em agosto, o SAD detectou 7 km² de desmatamento na Amazônia Maranhense. As estatísticas dos alertas de desmatamento e degradação florestal do Maranhão serão reportadas separadamente dos outros estados para não comprometer as comparações com os meses anteriores, quando o Maranhão ainda não possuía alertas mapeados.

SAD – O Sistema de Alerta de Desmatamento é uma ferramenta de monitoramento, baseada em imagens de satélites, desenvolvida pelo Imazon para reportar mensalmente o ritmo do desmatamento e da degradação florestal da Amazônia. Operando desde 2008, atualmente o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM+), Landsat 8 (OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens. 

Imazon – O Imazon é um instituto nacional de pesquisa, sem fins lucrativos, composto por pesquisadores brasileiros, fundado em Belém há 29 anos. Através do sofisticado Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), a organização realiza, há mais de uma década, o trabalho de monitoramento e divulgação de dados sobre o desmatamento e degradação da Amazônia Legal, fornecendo mensalmente alertas independentes e transparentes para orientar mudanças de comportamento que resultem em reduções significativas da destruição das florestas em prol de um desenvolvimento sustentável.

Acesse o boletim completo aqui.

Entenda mais sobre o SAD aqui.

 

This post was published on 19 de setembro de 2019

Notícias recentes

Morre Dalton Valeriano, que revolucionou o monitoramento da Amazônia

Pesquisador do Inpe deixou como legado ferramentas que mudaram a história da gestão ambiental no…

5 de junho de 2025

Imazon inicia Semana do Meio Ambiente com Cine Literário sobre a história da Amazônia antes da colonização

Atividade promoveu reflexão sobre descobertas recentes da arqueologia que provam que os indígenas vivam em…

4 de junho de 2025

Imazon participa de seminário pré-COP 30 no Amapá e formaliza acordo técnico

Parceria reforça ações de monitoramento ambiental e combate ao desmatamento no Amapá Com foco na…

30 de maio de 2025

Segunda edição do IPS Brasil destaca desigualdades e avanços no país

Índice de Progresso Social (IPS) analisa 5.570 municípios com base em indicadores sociais e ambientais,…

29 de maio de 2025

Desmatamento da Amazônia cresce 18% de agosto a abril

Perda de floresta chegou aos 2.530 km² nos primeiros nove meses do chamado “calendário de…

29 de maio de 2025

Nota em solidariedade à ministra Marina Silva

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, movimento multissetorial composto por mais de 400 representantes…

28 de maio de 2025