COPENHAGUE – O Greenpeace se juntou ao Imazon e ao Google para desenvolver uma plataforma que permite fazer o levantamento do estoque de madeira de uma floresta ou então denunciar o desmatamento usando apenas um celular.
Eles pegaram as imagens de alta resolução do satélite Spot e criaram programas que permitem avaliar, pelo tipo de formação da cobertura florestal, qual é a densidade da floresta naquele trecho. Com isso, é possível estimar qual é a concentração de carbono guardado naquelas árvores. Na Amazônia, isso varia de 120 a 350 toneladas de carbono por hectare, dependendo se a floresta já está rala pela exploração madeireira ou se é uma mata bem íntegra. Essa conta é importante para quem vai vender os créditos pela conservação desse carbono no chão.
O sistema vai usar a base do Google Earth e pode ser usado por qualquer pessoa com uma conexão de internet. Qualquer um vai poder ver, em uma camada do Google Earth, os projetos de conservação de carbono na floresta e vigiar se estão sendo cumpridos.
A parceria também está desenvolvendo um aplicativo para rodar no sistema operacional de smartphones do Google, o Android (já disponível em vários celulares, como o Motorola da foto).
Com o programa, que cuida daquela floresta vai poder cadastrar as árvores de forma automática. “É só caminhar pelo mato e tirar uma foto da árvore, diz Paulo Adário, do Greenpeace. Se o aparelho tiver um GPS integrado, a localização da árvore fica registrada na foto. E o próprio celular monta a planilha com as árvores e sua localização na área.
O sistema também vai servir para qualquer pessoa denunciar crimes ambientais. Se alguém flagrar um desmatamento, tira foto com o celular no sistema Android. O programa faz sobe a foto para o banco de dados do Google Earth. Aí qualquer pessoa que entrar na internet vai ver aquela imagem, associada ao ponto no mapa onde foi tirada. Também estará associada aos registros de unidades de conservação e projetos de conservação de carbono. “Outras pessoas, que conhecem melhor o lugar, pode entrar no site e agregar mais informação, como quem é o dono daquela terra ou quem está fazendo alguma exploração irregular ali, diz Adário.
This post was published on 1 de agosto de 2013
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