Em 1998, cerca de 2.500 madeireiras encontravam-se em operação na Amazônia e respondiam pela exploração de 28,3 milhões de metros cúbicos de toras. Dados de 2001 mostram que apenas 33% da madeira era oriunda de projetos de manejo aprovados pelo IBAMA. Dois terços seriam de fontes não sustentáveis, incluindo 47% de fontes não autorizadas (desmatamento e exploração seletiva predatória) e 19% de desmatamentos autorizados. A qualidade da implementação dos planos de manejo florestal atualmente aprovados é pouco documentada, o que dificulta uma análise da sustentabilidade de tais projetos. Por sua vez, a produção de madeira certificada corresponde a menos de 1% da produção total da região. Além da questão da origem, o destino da madeira proveniente da Amazônia também é motivo de controvérsia. Informações referentes a 1998 indicam que o Brasil consumiu cerca de 85% da madeira explorada naquele ano. Entre os países importadores, sobressaem-se Estados Unidos e França. Entretanto, as exportações para a China cresceram cerca de 950% entre 1999 e 2003. Para projetar os rumos da produção madeireira no território amazônico, é importante entender o potencial de crescimento da demanda chinesa, em razão do seu alto consumo de madeiras tropicais, bem como discutir cenários para o futuro dessa atividade no país.
This post was published on 5 de junho de 2006
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