Título | Pressão humana na floresta amazônica brasileira |
Autores | Paulo Barreto
Carlos Souza Jr. Ruth Noguerón Anthony Anderson Rodney Salomão |
Ano de publicação | 2006 |
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Introdução
A Amazônia brasileira abriga aproximadamente um terço das florestas tropicais do planeta, uma área que compreende 4,1 milhões de quilômetros quadrados. Todavia, o desmatamento e a extração de madeira estão ocorrendo em escalas sem precedentes e de maneira muito complexa. A taxa anual média de desmatamento entre 2000 e 2005 (22.392 km2 por ano) foi 18% maior que a taxa dos cinco anos anteriores (19.018 km2 por ano). Dados da FAO revelam (FAO 2005) que, de 2000 a 2005, o Brasil respondeu por 42% da perda florestal líquida global — dos quais, a maior parte ocorreu na Amazônia brasileira. Como em outras regiões de floresta tropical úmida do mundo, as conseqüências dessa rápida mudança incluem a perda da diversidade biológica e
cultural, mudanças climáticas regionais e, potencialmente, global, e conflitos sociais (ver Quadro 1). As projeções indicam que as forças motrizes do desmatamento e da degradação florestal – como a demanda por madeira e produtos agrícolas — continuarão a crescer na próxima década (Zhu et al. 1998; USDA 2005; OECD/FAO 2005). É provável que a perda florestal aumente se as tendências atuais prevalecerem. Em resposta à crescente preocupação pública em relação ao desmatamento e à degradação florestal na região, muitos atores estão tentando conciliar o
desenvolvimento e conservação por meio de iniciativasque envolvem a fiscalização do cumprimento da legislação ambiental e florestal, a criação de unidades de conservação e a regulamentação da gestão de florestas públicas (…).