Um estudo revelou que Rondônia teve uma área equivalente a 2 mil campos de futebol com exploração de madeira não autorizada durante um ano, de agosto de 2020 a julho de 2021. O levantamento é da Rede Simex, formada por quatro instituições ambientais: Imaflora, Imazon, Idesam e ICV.
A pesquisa também revelou que 100% da exploração não autorizada está concentrada em apenas 5 municípios: Chupinguaia (29%), Pimenta Bueno (27%), Machadinho D’Oeste (23%), Porto Velho (17%) e Corumbiara (5%). Sendo que 98% das explorações não autorizadas, ocorreram em imóveis rurais privados, o que permite a atribuição da responsabilidade aos donos das propriedades.
Esta foi a primeira vez em que os pesquisadores conseguiram distinguir a exploração irregular da regular, devido ao acesso aos dados públicos. Isso porque é preciso ter as informações sobre as autorização para extração de madeira emitidas pelos órgãos ambientais para poder cruzá-las com as imagens de satélite da atividade no estado. A partir desse cruzamento, a pesquisa mostrou que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, um total de 16.377 hectares de floresta tiveram exploração de madeira no estado de Rondônia, sendo que 14.361 (88%) estavam autorizados e 2.015 hectares (12%) não possuíam licença.
“A transparência dos dados é algo fundamental para qualificar o debate sobre o setor florestal. Temos dialogado com os órgãos estaduais de meio ambiente visando a construção de uma agenda positiva e o compartilhamento de conhecimento”, ressalta Leonardo Sobral, gerente florestal do Imaflora.
Para esse estudo, foram utilizados os dados abertos do Sinaflor, a partir do Sistema Compartilhado de Informações Ambientais (Siscom), e dados dos Planos de Manejo Florestal Sustentável disponibilizados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (SEDAM/RO).
Todas as explorações encontradas em Unidades de Conservação foram autorizadas, e estão concentradas em duas Concessões Florestais: Floresta Nacional do Jamari e Floresta Nacional de Jacundá. Não foram encontradas explorações em áreas restritas como Unidades de Conservação de Proteção Integral e Terras Indígenas.
This post was published on 30 de setembro de 2022
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